30
ago
2013

e foi

sem granero,
com as bagaça debaixo do braço,
me levanto pra outra casa.
tijolos em prumo ao longo das próximas madrugadas.
o que foi vivido de 2007 até aqui, aqui, permanece.
lá, vai/vou caminhando.



noite na rua tamóios
16
jul
2013

para provocar terremotos

o menino quebrou o vidro do carro
saiu correndo de medo
parou e percebeu
ainda faltava dançar
bailou descalço sobre os cacos

nunca mais correu
01
jul
2013

foi uma morena que passou perto de mim


20
jun
2013

transformação

colapsos são desmoronamentos
colapsos causam medo
14
jun
2013

em sp

13
jun
2013

aff

             na copa
                  quem não tem
                  casa
             se estrepa
10
jun
2013

verso da porta


28
mai
2013

tolerância

tolerar não é aceitar, é resistir e durar. por exemplo, para medir a capacidade de uma carga, é preciso saber o grau de tolerância do material a ser transportado. ou melhor, para aceitar é preciso durar com a coisa dentro de si e ver quanto somos capazes, por um longo tempo, de resistir a ela. só assim a aceitação valerá e será tolerância. antes disso é fingimento.
21
mai
2013

genocídio

estava pesquisando umas imagens e me deparei com um ensaio fotográfico de pieter hugo sobre o genocídio em rwanda, 2004. mexe forte.
30
abr
2013

gira


doutor josé: nágoras falou que a vida nos prega surpresas.
tradutora/ dr josé: nágoras disse que a vida é uma grande epifania com pausas gigantescas.
reluma fala. tradutora está prestes a morrer.
tradutora/reluma: hiócoles disse que o medo é a véspera da coragem.
tusgavo: fartre esbrikió que mel tesekro de ka lovuntad de devir tesmá ne nu ehuvo. moco sonotros.
tradutora/tusgavo: fartre escreveu que o segredo da vontade de viver está dentro de um ovo. bem como nós.
trumak: putdjawa me disse um dia que a felicidade mora no olho e uma onça. e que a gente, pra ser feliz tem que olhar no olho dela.
trecho do congresso internacional do medo - grace passô

29
abr
2013

av. oiapoque

das voltas pelo centro

não te conheço
mas conheço
a forma como ecoas
no meu coração.
14
mar
2013

na direção do ar

foto do gu

07
mar
2013

de sol


minha liberdade começa no mar e vai até o sol
de sal e sol eu sou
minha liberdade começa no mar e vai até o sol
de sal e sol eu sou

patuá, figa trás sorte,
o amuleto é quem manda
segure avante com minha demanda
de corpo fechado, que nem cadeado
o escudo blindado e abençoado
calçada na fé e na esperança
meu voo vai bem mais longe até onde meu impulso alcança
mesmo sabendo bem há quantas esse mundo sangra
às vezes anda e às vezes desanda

minha liberdade começa no mar e vai até o sol
de sal e sol eu sou
minha liberdade começa no mar e vai até o sol
de sal e sol eu sou

patuá, figa trás sorte,
o amuleto é quem manda
segure avante com minha demanda
de corpo fechado, que nem cadeado
o escudo blindado e abençoado
calçada na fé e na esperança
meu voo vai bem mais longe até onde meu impulso alcança
mesmo sabendo bem há quantas esse mundo sangra
às vezes anda e às vezes desanda

minha liberdade começa no mar e vai até o sol
de sal e sol eu sou
minha liberdade começa no mar e vai até o sol
de sal e sol eu sou
19
fev
2013

olho no olho

04
fev
2013

abre. alarga. aumenta. estica. escancara. dilata. 
caminhos. fronteiras. visões. conteúdos. estados. experiências.
outra coisa. de outro modo. para outro lado. 
não se sabe bem para quê.
01
fev
2013

trabalhos carnívoros


a passagem é insolita,os trabalhos são carnívoros
o poema é erótico, o momento é histórico
para o bem da nossa espécie
o terreno treme forte para os mal acostumados
o costume anuncia e a pele se regenera
para o bem da nossa espécie

liso, tosco, um bicho solto
se for inciso se arrasta e vira um santo.
pérolinda de gui amabis
10
jan
2013

do entulho


09
jan
2013

errar

uma extensão do chrome instalada para apagar conversas antigas no fb.
sem querer várias outras foram apagadas.
foram-se filmes, links, livros, trabalhos, fotos, registros, afetos, histórias...
uma pausa.
foi bom não sentir falta do que se foi. do recente. do que está sendo.
agora, subir o morro para chegar em casa.
lembranças reativadas só na memória.




árvore

uno piensa que los días de un árbol son todos iguales. sobre todo si es un árbol viejo. no. un día de un viejo árbol es un día del mundo.
04
jan
2013
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