este é o trabalho.

“internar-se numa realidade – ou em um modo possível de uma realidade – e sentir como aquilo que à primeira vista parecia o absurdo mais desaforado, chega a valer, a articular-se com outras formas absurdas ou não, até que da matéria divergente (com relação ao desenho estereotipado de cada dia) surge e se define um desenho coerente que só por comparação temerosa com aquele, parecerá insensato, ou delirante, ou incompreensível.”

(…)

“as coisas em bruto: condutas, resultantes, rupturas, catástrofes, ironias. ali, onde deveria haver uma despedida há um desenho na parede; em vez de um grito, uma vara de pescar; uma morte se resolve com um trio para bandolins. e isso é despedida, grito e morte mas quem está disposto a deslocar-se? a desaforar-se? a descentralizar-se? a descobrir-se?”

(…)

“pelo que me toca, me pergunto se alguma vez conseguirei fazer sentir que o verdadeiro e único personagem que me interessa é o leitor, na medida em que algo do que escrevo deveria contribuir para mudá-lo, deslocá-lo, estranhá-lo, transtorná-lo.”

- júlio cortázar -

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ensaio da queda da cerveja.
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g - não. não sente dor.

a - sem dor não há alívio. mas como o alívio não existe, vivemos a expectativa do término da dor.

(continua?)

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um brinde a nossa sobrevivência (existência) estupidamente gelada.

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no sábado...

"ai, ai caramba,
quem ama quer casa,
quem quer casa quer criança
quem quer criança quer jardim
quem quer jardim quer flor
e como já dizia galileu, isso é que é amor
ai, ai caramba"
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