no museo de arte contemporáneo sofía imber
lambrusco
cartão portal
atrás da porta
luz verde
espia, olha o céu
quando a gente quer, não chove
perece o ano
volto ao início
revejo
refresco
reajo
adeus porta e janela
diz o vento abissal na calçada
saúde
atrás da porta
luz verde
espia, olha o céu
quando a gente quer, não chove
perece o ano
volto ao início
revejo
refresco
reajo
adeus porta e janela
diz o vento abissal na calçada
saúde
o mundo invisível
"tenho certeza de que só me mantenho viva por causa do mundo invisível onde ninguém pode me alcançar para me ferir e posso fingir que a vida faz sentido mesmo quando não faz. ali, quando os zumbis do mundo de fora me acossam com seus dedos sujos de sangue, invento a beleza e me reinvento como possibilidade. alguns olham para dentro e enxergam apenas vísceras. outros, horizonte."
trecho do texto de eliane brum
durar frente a un tema, al fragmento de vida que hemos elegido como materia de nuestro trabajo, hasta extraer, de él o de nosotros, la esencia única y exacta. durar frente a la vida, sosteniendo un estado de espíritu que nada tenga que ver con lo vano e inútil, lo fácil, las peñas literarias, los mutuos elogios, la hojarasca de la mesa de café. durar en una ciega, gozosa y absurda fe en el arte, como en una tarea sin sentido explicable, pero que debe ser aceptada virilmente, porque sí, como se acepta el destino. todo lo demás es duración física, un poco fatigosa, virtud común a las tortugas, las encinas y los errores.