peguei no ffffound
hay solo un camino. el que hubo siempre. que el creador de verdad tenga la fuerza de vivir solitario y mire dentro suyo. que comprenda que no tenemos huellas para seguir, que el camino habrá de hacérselo cada uno, tenaz y alegremente, cortando la sombra del monte y los arbustos enanos.
com que voz
as vozes embalaram-me durante anos. as vozes da casa, das paredes, dos que existiam e não existiam. as várias vozes da minha boca. as muitas vozes da imaginação. as vozes seguras. as vozes incertas. sempre, num balanço diário, desde o acordar ao adormecer.
uma sinfonia precisa sempre de uma organização. pegamos nos vários instrumentos e tentamos que, da confusão, nasça uma harmonia. às vezes conseguimo-lo à primeira. noutras, muitos anos se gastam na perseguição desse objectivo.
não canso o meu espantar perante uma coisa bem feita quando o pensamento era ainda tão rarefeito. nem perdoo a preguiça por não ter colocado todos os outros textos acima do nível destes menos maus.
enquanto houver vida, haverá mudança.
"o inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. existem duas maneiras de não sofrer. a primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-lo. a segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, fazê-lo durar, dar-lhe espaço.”
in cidades invisíveis - ítalo calvino